Transporte público de Maceió tem queda de mais de 200 mil passageiros por mês

fevereiro 18, 2019 , 0 Comments

Os dados também são utilizados para justificar o preço da tarifa. Foto: Divulgação / Pei Fon/ Secom Maceió
Empresas citam serviço clandestino como responsável pela redução na demanda
JESSICA MARQUES
O transporte público de Maceió apresentou uma queda de mais de 200 mil passageiros por mês, segundo dados apresentados pelo Sinturb (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió).
De acordo com o balanço, em 2018 o número de passageiros que utilizam o transporte regular da capital caiu em 224.358 mil passageiros por mês. De acordo com o Sinturb, em 2017, as empresas de ônibus registraram a média 5.723.639 passageiros. No último ano, o número fechou em 5.499.281 usuários.
De acordo com o sindicato, a queda representa um prejuízo financeiro mensal de R$ 818 mil reais para as quatro empresas de ônibus que operam no município.
Na visão do jurídico do Sinturb, Fernando Paiva, a redução no número de usuários do sistema transporte não é uma surpresa, pois a capital possui comprovada atuação do transporte clandestino. Os dados também são utilizados para justificar o preço da tarifa.
“As nossas equipes acompanhara, diariamente, a atuação dos clandestinos em toda a capital. Ao encontrar um irregular, fazemos o registro do tipo de veículo, modelo e bairro que estão atuando. A tarifa é necessária pra repor a inflação anual, e ainda temos os custos acusados pelo prejuízo da queda de passageiros. Quando se há menos pessoas pegando o ônibus, mais caro o serviço se torna”, avaliou Paiva.
O reajuste na tarifa solicitado pelas empresas elevaria o valor da passagem de ônibus na capital dos atuais R$ 3,65 para R$ 4,15, aumento de 13,7%. Esse seria o índice que proporcionaria recuperar os prejuízos do último ano de contrato.
Paiva também menciona a necessidade de haver fiscalização para combater o transporte clandestino e não prejudicar os ônibus municipais.
“A queda de passageiros é uma consequência da força que o transporte clandestino, que ganha cada vez mais espaço na capital. É preciso que haja o combate, As empresas se preocupam com o futuro do sistema de transporte e prezam por investimento no setor para melhorar a qualidade dos serviços”, afirmou Paiva, em nota.
Jessica Marques para o Diário do Transporte

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